A Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) lançou três novas cultivares de amendoim durante a Agrishow 2023. As variedades são do tipo rasteiro e devem atender à indústria de alimentos, podendo ser exportadas in natura. Os amendoins também podem ser usados na fabricação de óleo brutos.
As cutivares têm uma possibilidade de maior tempo de conservação dos grãos após a colheita, o que aumenta a vida útil dos amendoins nas prateleiros, tornado as variedades mais interessantes à indústria de alimentos. A maior durabilidade se dá pelo alto teor de ácido oleico que as variedades possuem.
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CULTIVARES:
BRS 421 OL a variedade chamou atenção pelo padrão dos grãos: grandes e alongados, com possibilidade de 70% retidos na peneira 38/42, o maior tamanho do mercado. Ela também apresentou alto rendimento industrial. A cultiva é de ciclo tardio, com destaque para sua resistência as principais doenças foliares.
BRS 423 OL variedade que mostrou alto potencial produtivo, com ciclo precoce, apesar de suscetível as principais doenças foliares. A cultiva apresentou resistência as viroses. Os grãos são médios/grandes com distribuição predominante nas peneiras 38/42 e 40/50, no formato arredondado.
BRS 425 OL É a primeira cultivar brasileira derivada de espécies silvestres, conferindo uma excelente sanidade e rusticidade. Essa cultivar é de ciclo médio, com tamanhos de grãos médios, predominantemente nas peneiras 40/50, de formato arredondados, requisitados no mercado de drageados (revestidos). Além disso, pode ser uma boa opção para a indústria de óleo de amendoim devido a sua porcentagem um pouco acima das anteriores.
O estado de São Paulo é o principal produtor de amendoim do Brasil, com estimativa de produção de 787,8 mil toneladas para a safra 2022/23, representando mais de 90% da produção nacional.
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