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Expocafé Mulheres fortalece lideranças femininas na cafeicultura

Durante o evento, foram realizados debates que envolveram trocas de experiências, dicas e estratégias relacionadas à comercialização, rotulagem, legislação e diferenciação da cafeicultura

| Da redação -

 

Expocafé Mulheres fortalece lideranças femininas na cafeicultura (Foto: Divulgação)

 

A 3ª edição da Expocafé Mulheres, que ocorreu entre os dias 17 e 19 de maio, junto com a Expocafé, trouxe discussões sobre o "Fortalecimento das Lideranças Femininas na Cafeicultura", visando a busca pela equidade nessa atividade. Segundo dados do Censo Agropecuário realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em 2017, apenas 13% das propriedades de café são gerenciadas por mulheres. 

A diretora-presidente da EPAMIG (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais), Nilda Ferreira Soares, avalia esse movimento como natural e destaca a importância da educação e capacitação para promover o empoderamento feminino na gestão das propriedades. "Nas universidades, o percentual de ingressantes homens e mulheres é semelhante, mas entre os concluintes o número de mulheres é maior, e a expectativa é de que esses números impactem no crescimento da participação feminina em posições de gerência e liderança".

Durante o evento, foram realizados debates que envolveram trocas de experiências, dicas e estratégias relacionadas à comercialização, rotulagem, legislação e diferenciação da marca. Um tema de destaque foi a utilização de resíduos de café cru e torrado em coprodutos da cafeicultura. A parceria entre EPAMIG e UFLA (Universidade Federal de Lavras) tem avaliado o aproveitamento dessas sobras na produção de cosméticos, óleo e biomateriais.  

 

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A pesquisadora Vânia Silva, da EPAMIG, juntamente com as professoras Bárbara Sayuri e Luciana Lopes, da UFLA, apresentaram essa nova alternativa e o progresso do trabalho. "Os resíduos do processamento do café chegam a 50% do conteúdo do grão, trata-se de um material rico em moléculas e metabólicos que pode gerar diversos coprodutos de alto valor agregado", ressalta Bárbara. 

Luciana destacou a sustentabilidade como diferencial dos produtos elaborados pelo projeto, sendo naturais e desenvolvidos a partir de resíduos. "O mercado de cosméticos e dermocosméticos está em crescimento contínuo, além disso existe uma demanda por parte dos chamados consumidores verdes, que buscam a sustentabilidade cosmética. Dentre os produtos já testados, em quantidades limitadas, estão desodorante stick, kit labial (esfoliante, hidratante e batom) e shampoo sólido". 

Vânia Silva falou sobre o óleo de café, um produto de alto valor agregado com diversos usos possíveis, incluindo a indústria farmacêutica. 

"Apesar de ser o maior produtor e exportador de café do mundo, o Brasil não figura entre os maiores produtores de óleo de café. Hoje temos apenas duas empresas que fabricam equipamentos para a extração do óleo de café e é um maquinário de alto custo. Nosso estudo pretende verificar se a produção do óleo é viável e propor parcerias para a indústria e para as produtoras. Em um modelo no qual a EPAMIG seria difusora de tecnologias e prestadora de serviços", finalizou. 

 

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