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Como identificar e cuidar da depressão em crianças e adolescentes

O efeito da pandemia foi especialmente danoso para as crianças e jovens, com um aumento expressivo de ansiedade e depressão

| Especial para o tudo ep -

O efeito da pandemia foi especialmente danoso para as crianças e jovens, com um aumento expressivo de ansiedade e depressão. (Foto: Reprodução/Freepik)
A depressão em crianças e adolescentes existe, e se manifesta de forma diferente dos adultos porque o cérebro infantil e dos jovens ainda está em processo de amadurecimento, completando seu total desenvolvimento por volta dos 25 e 30 anos. Isso significa que o cérebro está no pico da plasticidade neural e que essa alta performance pode proporcionar vantagens, porque a capacidade do cérebro de formar novas conexões neurais facilita a aprendizagem de forma rápida e criativa de encontrar novos caminhos para superar as dificuldades e os problemas socioemocionais.

O efeito da pandemia foi especialmente danoso para as crianças e jovens, com um aumento expressivo de ansiedade e depressão em função do prejuízo no convívio social com o afastamento dos amigos e da escola. E, esses problemas continuam crescendo de forma significativa em todo mundo. Por isso, é muito importante que os pais prestem atenção à mudança no comportamento habitual dos filhos e aos sinais de alerta para intervir de forma precoce. Essa realidade é extremamente desafiadora e exige de nós um compromisso com mudanças de mentalidade e de comportamento para cuidar melhor da saúde mental de nossas crianças e jovens. 

 

 

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SINAIS DE ALERTA 

- Medo e preocupação excessiva
- Queda na concentração e atenção
- Baixo desempenho escolar - faltas frequentes
- Irritabilidade expressiva - mau-humor e acessos de raiva
- Falta de energia - cansaço e indisposição
- Tristeza prolongada
- Ter pensamentos sobre morte
- Dores persistentes e sem possíveis causas clínicas
- Dificuldades de sono ou na alimentação
- Isolamento dos pais e dos amigos
-Abandono do interesse em hobbies

É muito importante considerar a intensidade dos sinais, a duração dos mesmos, e os prejuízos sociais e acadêmicos para saber se há um quadro depressivo ou não.

O papel da família é fundamental para evitar que as crianças e adolescentes adoeçam, ou caso já estejam com os sintomas depressivos instalados, ajudá-los a darem a volta por cima e superar o transtorno mental. 



COMO CUIDAR DA SAÚDE MENTAL 

- Ofereça tempo de qualidade - cuide mais do seu filho com presença afetiva e mais tempo para brincar e conversar.
- Seja apoio amoroso com gestos de carinho e de paciência - tenha clareza que tudo passa para seguir com esperança no cuidado paciente e gentil com os desafios dessa fase de depressão. E respeite os limites do seu filho (menos cobrança e mais compreensão).
- Mais conversas - o diálogo que envolve uma escuta acolhedora pode ser um caminho de cura e crescimento para pais e filhos. Fale para seu filho o quanto ele é importante para você.
- Alimentação saudável - descasque mais e desembale menos. Essa é uma estratégia importante para melhorar a qualidade da saúde e bem-estar emocional e psíquico das crianças e adolescentes. Ter uma dieta com menos açúcar pode reduzir os sintomas depressivos.
- Estimule a prática de atividade física - para produzir os neurotransmissores que são responsáveis por promover o bem-estar e a felicidade como a dopamina, a serotonina, a endorfina e a oxitocina.
- Cuide do sono para ser reparador - outra questão importante é que os adolescentes têm uma necessidade bem maior de sono do que as crianças e os adultos, eles precisam em média de 9 à 10 horas por noite, e muitas vezes, eles não dormem esse tempo, o que pode causar maior irritabilidade, prejuízo no convívio social, ansiedade e o aumento do fator de risco da depressão.
- Reduza o tempo de telas de toda a família - uma boa opção para dar esse limite é oferecer mais oportunidades de fazer atividades ao ar livre e desligar também seu celular para estar disponível. Aumentar a conexão das crianças e jovens com a natureza é sempre uma boa estratégia de saúde.
- Busque ajuda de profissionais da saúde mental - se houver muitas dúvidas e dificuldades, procure psicólogos e psiquiatras para se munir de boas informações e tratamento adequado para ajudá-los no processo de enfrentamento e superação dos desafios da depressão.
- E como última sugestão que considero relevante é: quem cuida precisa também se cuidar muito bem, porque para oferecer a melhor versão como pais e evitar a sobrecarga emocional é preciso estar bem de saúde. Tire um tempo para o autocuidado e peça ajuda aos familiares, amigos e grupos de apoio, porque isso é um ato de coragem e pode ajudar na travessia desse período delicado com mais resiliência, apoio afetivo e esperança. 

 

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