O outono chegou nesta última semana, o Verão deu adeus na segunda-feira (20). Com isso, a preocupação, principalmente com as crianças, aumenta, pois essa época é caracterizada pelo aumento no número de doenças respiratórias na pediatria.
Este ano, um fato diferente chamou a atenção: houve uma antecipação de casos na ala pedriática já em fevereiro, exatamente duas semanas após o início do ano letivo. O episódio, que também aconteceu no hemisfério norte, tem sido motivo de estudos científicos para justificá-lo, sem nenhuma conclusão até o momento.
De acordo com a coordenadora do pronto-socorro de pediatria Juliana Okuyama, o confinamento durante a pandemia gerou repercussões imunológicas principalmente em crianças menores de quatro anos, cuja memória imunológica depende de exposição a diversos antígenos.
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"A imunidade da criança está em formação, tornando-se efetivamente madura na adolescência. É frequente a pergunta: o que é bom para melhorar a imunidade? Mas a verdade é que uma boa imunidade depende de muitos fatores tais como alimentação, atividade física, principalmente ao ar livre, sono de qualidade, modulação do estresse e vacinação. No cenário atual, vemos a recirculação de vírus já conhecidos, como rinovírus e enterovírus, por exemplo, que durante a pandemia ficaram latentes e agora encontram uma população pediátrica mais suscetível, em especial os menores de quatro anos. Com isso, observamos o aumento no número de atendimentos nos prontos-socorros e no número de internações hospitalares", pontua.
Os sintomas da síndrome gripal são:
- Febre
- Tosse
- Coriza
- Dores de garganta, cabeça e no corpo.
"Os sinais de alerta consistem em persistência da febre por mais de três dias, sinais de desconforto respiratório, prostração mesmo sem febre (é esperado que, em vigência de febre, a criança fique um pouco mais abatida, sendo essa a indicação de usar antitérmico) e recusa total de líquidos, incluindo o seio materno. Portanto, diante de qualquer sinal de alerta, deve-se procurar atendimento médico. Nos casos leves, isto é, sem sinais de gravidade, é orientado o repouso (sem tela), hidratação, lavagem nasal com soro fisiológico e analgésico ou antitérmico se necessário", esclarece Juliana.
Vale lembrar que o afastamento das atividades escolares é essencial, para evitar o ciclo de transmissão do vírus para outras crianças.
"Evitar aglomeração, preferir ambientes arejados com boa circulação de ar, lavar com frequência as mãos e manter o calendário vacinal atualizado", conclui.
Veja dicas de como evitar ficar doente:
- Lave as mãos com frequência;
- Mantenha as vacinas em dia;
- Mantenha o organismo hidratado;
- Utilize roupas adequadas para se esquentar em dias frios;
- Mantenha o tempo de sono adequado, alimentação saudável e exercícios físicos.
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