O Acordo de Oslo de 1993 foi o primeiro entendimento palestino-israelense, sendo seguido por dois acordo adicionais: Oslo II, de 1995, conhecido como Acordo Transitório sobre Cisjordânia e Gaza, e Oslo III, de 1997.
O último acordo tratava da retirada das forças de Israel de algumas regiões da cidade de Hebron. Além disso, ele também revisava algumas provisões de Oslo II, que se referiam à saída israelense de outras áreas.
Porém, no final dos anos 1990 a relação entre Palestina e Israel não tinha mais os mesmos contornos de quando o primeiro acordo foi assinado. Entre os fatores que impactaram negativamente a cooperação entre Israel e palestino estão o assassinato do general israelista Ytizhak Rabin, em 1995, e a vitória de Benjamin Netanyahu, do partido Likud, que fazia opocição aos Acordos de Oslo, como primeiro-ministro de Israel.
Conflitos
Os conflitos entre Israel e Palestina remontam ao período do imperialismo, no século XIX, quando as potência europeias ainda estavam envolvidas na colonização de diversos territórios da África e da Ásia, incluindo onde hoje está o Estado de Israel.
A situação se agravou quando, durante a Segunda Guerra Mundial, 6 milhões de judeus morreram na Europa por causa do regime nazista, o que impulsinou o movimento sionista, que defendia a "restauração" de um Estado judeu independente.
A ideia foi um incentivo para o retorno dos judeus à antiga Israel e também para a criação de um Estado moderno que pudessem proteger os judeus de tragédias semelhantes Holocausto.
Em 1947, com a recém-criada ONU (Organização das Nações Unidas), a comunidade internacional decidiu apoiar a criação de dois estados nacionais modernos: um para os judeus, que seria Istal, e outro para judeus e palestinos.
Porém, enquanto os judeus aceitaram o plano da ONU, os árabes foram contrários, o que deu início a primeira guerra moderna entre os dois povos, conhecida como Guerra da Independência.
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Entre 1947 e 1990, o território acabou se tornando o palco de uma série de conflitos entre israelitas e palestinos, sendo o último deles a Primeira Intifada, de 1987, quando a população árabe palestina se revoltou contra o Estado de Israel.
Na época, o povo palestino atacou com paus e pedras os tanques e armamentos de guerra judeus, ao que Israel reagiu de forma dura, gerando um dos maiores massacres do conflito. A atitude israelita acabou resultando em uma revolta da comunidade internacional por causa do peso desproporcional do uso da força nas regiões da Faixa de Gaza e da Cisjordânia.
Depois dos acordos
A desconfiança entre israelenses e palestinos não conseguiu ser remediada com pelos acordos, uma vez que eles foram precedidos por décadas de conflito armado e derramamento de sangue.
Além disso, as negociações adiaram discussões sobre questões consideradas controversas, como as fronteiras de um futuro Estado palestino, o status de Jesusalém, o destino de refugiados palestinos e os assentamentos judaicos na Cisjordânia.
Em 2000, com a explosão da Segunda Intifada palestina, outra ofensiva montada contra Israel, as negociações acabaram de vez e desde então não foram retomadas. Apesar disso, ainda existem alguns pontos dos acordo que continuam em vigor 30 anos depois.
A Autoridade Nacional Palestina, por exempo, que foi criada para ser um governo de transição até o estabelecimento do Estado palestino independente, ainda existe. A organização governa a maior parte do território da Cisjordânia, ainda que a Faixa de Gaza tenha sido tomada pelo grupo terrorista Hamas, que rejeita totalmente os acordos.
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