As ações de fiscalização tiveram início no dia 13 de setembro contra uma empresa encarregada pelo corte de madeira em uma floresta.
Os trabalhadores foram retirados após notificação dos auditores-fiscais do trabalho e acomodados em hotéis na cidade de São Sebastião do Paraíso (MG).
As rescisões dos contratos e a emissão das guias de seguro-desemprego foram concluídas nesta quarta-feira (21). Conforme informações, as verbas rescisórias e pagamentos de salários atrasados totalizaram aproximadamente R$385 mil e os trabalhadores receberão três parcelas de seguro-desemprego no valor de um salário mínimo cada.
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OS LOCAIS DE TRABALHO E ALOJAMENTO
O Ministério do Trabalho informou que nas frentes de trabalho não havia instalações sanitárias, abrigo para refeição e fornecimento ou reposição de água potável, o que levava os trabalhadores a buscar água em um pequeno córrego nas proximidades do local.
Foram verificados acidentes de trabalho e não foram apresentados certificados de capacitação para operação das motosserras utilizadas no abate de eucaliptos, não houve comprovação de regular fornecimento de equipamentos de proteção individual e nem demonstração do gerenciamento dos riscos por parte do empregador.
Os resgatados estavam alojados em casas alugadas pelo empregador e, algumas, pelos próprios empregados, que não apresentavam condições de habitabilidade, conforto, segurança ou higiene, sem fornecimento de camas, armários, com paredes mofadas e instalações elétricas com risco de choque elétrico. Além disso, foram mantidos nos alojamentos os trabalhadores acometidos por doenças infectocontagiosas.
Os trabalhadores estavam começando a sofrer com falta de alimentos no local e alguns estavam sem a formalização dos contratos e com salários atrasados, além de a remuneração não corresponder ao valor pago.
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