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Brasil mostra evolução no Campeonato Mundial da Atletismo

Seleção ganhou duas medalhas, fez dez finais, seis semifinais e acumulou 34 pontos. O destaque foi Alison dos Santos, ouro na prova dos 400 m com barreiras

| Da redação -

Alison dos Santos: ouro, recordes e 3ª marca de todos os tempos
O Brasil mostrou evolução na disputa do Campeonato Mundial de Atletismo do Oregon, encerrado neste domingo (24/7), no Estádio Hayward Field, na cidade de Eugene, nos Estados Unidos. Em comparação com Doha-2019, por exemplo, quando a seleção não obteve medalhas, na edição de 2022 a equipe ganhou duas medalhas e acumulou mais pontos e fez mais finais.

Em Eugene, com a participação de 57 atletas (23 mulheres e 34 homens), o Brasil fez dez finais (em provas no estádio, de pista e campo, e os que ficaram entre os oito primeiros em provas de rua), contra seis de Doha. Além disso, a seleção teve como grande destaque individual o paulista Alison dos Santos, o Piu, ao conquistar a medalha de ouro nos 400 m com barreiras, com 46s29, novo recorde do campeonato, sul-americano, brasileiro e o terceiro melhor tempo no ranking histórico da World Athletics da prova.

Piu conseguiu a segunda medalha de ouro do País e a 14ª em Campeonatos Mundiais. Agora, o Brasil tem duas medalhas de ouro, seis de prata e seis de bronze. A primeira de ouro foi conquistada por Fabiana Murer, campeã do salto com vara em Daegu-2011, Coreia do Sul.  

SURPRESA BOA 
O Brasil teve ainda a grande surpresa: a catarinense Letícia Oro Melo assegurou a medalha de bronze no salto em distância, com 6,89 m (1.1), melhor resultado da vida, depois de entrar na final com a última vaga na qualificação. Ela garantiu a 15ª medalha brasileira na competição. 

O Brasil ainda deixa Eugene com mais um recorde sul-americano, de Vitória Rosa, nos 200 m, e dois brasileiros, de Viviane Lyra e Caio Bonfim, ambos nos 35 km marcha atlética.

A seleção conseguiu também a melhor campanha em Mundiais de Atletismo em outro quesito. A equipe somou 34 pontos nos 10 dias de competição. A melhor campanha anterior havia sido alcançada no Mundial de Sevilha-1999, com 26 pontos e três medalhas prata com Claudinei Quirino, nos 200 m, e com Sanderlei Parrela, nos 400 m, e o bronze com o 4x100 m formado por Raphael de Oliveira, Claudinei Quirino, Edson Luciano Ribeiro e André Domingos.

O segundo melhor resultado era de Doha-2019, onde o Brasil não conquistou medalhas, mas teve destaques com os quartos lugares obtidos por Érica Sena, nos 20 km marcha; Darlan Romani, no arremesso do peso; e o revezamento masculino do 4x100 m; e terminou com 25 pontos.

"Estamos avaliando o nível técnico do atletismo brasileiro na maior competição da nossa modalidade e levantando dados e considerações fundamentais para a continuidade da preparação dos atletas do Brasil para os Jogos de Paris em 2024", comentou Jorge Bichara, diretor técnico da Confederação Brasileira de Atletismo.

"A gente fecha com 10 atletas disputando finais entre os oito melhores do Mundial, o que para nós é muito significativo, além dos seis que chegaram às semifinais. Os números são importantes e favoráveis no caminho do desenvolvimento do desempenho dos atletas", disse Claudio Castilho, CEO da Confederação Brasileira de Atletismo, secretário-geral da delegação do Brasil em Eugene e representante do presidente do Conselho de Administração Wlamir Motta Campos nas reuniões da World Athletics. "Com as avaliações do desempenho do Brasil no Mundial poderemos investir nos atletas que apresentam evolução e desenvolvimento a caminho, principalmente, das medalhas."  

Letícia Oro Melo ganha bronze no salto em distância
O Brasil em Mundiais
15 medalhas 2 de ouro, 6 de prata e 7 de bronze

No Mundial do Oregon  
 
Finais e Top-8 em provas de rua
1º Alison dos Santos 400 m c/barreiras 46.29 recorde sul-americano
3º Letícia Oro Melo salto em distância 6,89 m (1.1)
4º Thiago Braz salto com vara - 5,87 m
5º Darlan Romani arremesso do peso 21,92 m
6º Caio Bonfim 20 km marcha 1:19:51
7º Almir dos Santos salto triplo 16.87 (0.1)
7º Rodrigo do Nascimento, Felipe Bardi, Derick Souza e Erik Barbosa - 4x100 m - 38.25
7º Caio Bonfim 35 km marcha - 2:25:14 recorde brasileiro
8º Viviane Lyra 35 km marcha 2:45:03 recorde brasileiro
8º Daniel do Nascimento maratona 2:07:35

Atletas que avançaram às semifinais
Rafael Pereira 110 m c/barreiras
Eduardo de Deus 110 m c/barreiras
Vitória Rosa 200 m recorde sul-americano (22.47)
Tabata Vitorino 400 m
Rodrigo do Nascimento 100 m
Erik Cardoso 100 m  

RECORDES E MELHORES MARCAS 
Letícia Oro Melo também obteve o recorde pessoal (PB) na final do salto em distância, com 6,89 m (1.1), assim como Alison dos Santos nos 400 m com barreiras (46s29) e Vitória Rosa nos 200 m (22s47).

Conseguiram as melhores marcas da temporada (SB): Lucas Vilar, nas eliminatórias dos 200 m, com 20s65 (0.3); o 4x400 m misto (Douglas Mendes, Tiffani Marinho, Vitor Hugo de Miranda e Tabata Vitorino), com 3min18s19; Altobeli Silva, nos 5.000 m, com 13min43s80; e o 4x100 m masculino (Rodrigo do Nascimento, Felipe Bardi, Derick Souza e Erik Barbosa), com 38s25.

CAIO BONFIM
Em uma prova completamente inesperada, em que o japonês Daisuke Matsunaga largou num ritmo insano e liderou até metade da distância, o brasileiro Caio Bonfim teve de manter a paciência e, mais do que isso, o ritmo para terminar em sétimo lugar nos 35 km marcha atlética do Campeonato Mundial de Atletismo do Oregon, nos Estados Unidos, neste domingo (24/7), na cidade de Eugene.

Sexto colocado nos 20 km marcha (1h19min51), no dia 15 de julho, no primeiro dia de competição, Caio completou as 35 voltas no circuito de 1 km, começando e terminando no Martin Luther King Jr. Boulevard, em frente ao Estádio Autzen, da Universidade do Oregon, em 2h25min14, quebrando o recorde brasileiro da prova, que era dele mesmo, com 2h33min57 desde janeiro deste ano, marca obtida na Copa Brasil Loterias Caixa, em Bragança Paulista.

O italiano Massimo Stano, campeão dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2021, conquistou o ouro, com 2h23min14, novo recorde do Campeonato Mundial. O japonês Masatora Kawano ficou com a prata, com 2h23min15, novo recorde asiático, e o sueco Perseus Karlstrom levou a bronze, com 2h23min44, recorde pessoal.

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