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Tetracampeão olímpico Mo Farah se aposenta aos 40 anos

Ao longo de sua carreira, corredor conquistou oito medalhas em Campeonatos Mundiais, sendo seis ouros e duas pratas

| Da redação -

Tetracampeão olímpico Mo Farah se aposenta aos 40 anos. (Foto: Reprodução/ Instagram)
O tetracampeão olímpico Mo Farah se aposentou neste domingo (10), após realizar sua última corrida. Aos 40 anos, ele correu a meia maratona de Newcastle, na Inglaterra, onde terminou em quarto lugar. Após cruzar a linha de chegada de sua última competição como atleta profissional, o corredor se emocionou e fez um discurso em homenagem a sua esposa, Tania Nell. 

"O atletismo foi o que me salvou. Sem ter algo como isso para fazer e para me sentir feliz, a vida seria bem mais difícil para mim", contou em entrevista à BBC. "Vocês me veem como campeão olímpico, ganhando a medalha ao som do hino nacional, e isso é enorme, mas o que nós esquecemos são as pessoas que estão atrás de você. Sem o apoio das pessoas que tenho em minha vida, eu não chegaria onde cheguei, particularmente minha esposa. Ela passou por muita coisa, cuidando das crianças enquanto eu estava fora. Sem o suporte dela, eu não estaria aqui. É bem emocionante, vou tentar ter um tempo para mim e para família, mas tudo o que sei é correr, é o que sempre fiz", completou. 

Ao longo de sua carreira, Mo Farah conquistou oito medalhas em Campeonatos Mundiais, sendo seis ouros e duas pratas. Nos Jogos de Londres, em 2012, e do Rio, em 2016, ele foi campeão das provas dos 10.000 metros e dos 5.000 metros, respectivamente. Em 2017, o atleta deixou as pistas de lado e passou a se dedicar às corridas de rua.  

 

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Traumas 

No documentário "The Real Mo Farah" da BBC, Mo Farah revelou que foi vítima de tráfico infantil. Nascido na Somália e batizado como Hussein Abdi Kahin, ele foi traficado para a Inglaterra aos nove anos. Em Londres, o corredor adotou o nome Mohamed Farah, como constava no passaporte falso que os traficantes fizeram. 

Segundo Farah, uma mulher desconhecida o levou para a Europa e rasgou uma foto de seus verdadeiros pais em sua frente. "Rasgou e colocou no lixo. Naquele momento, eu sabia que estava em apuros", relatou. 

No Reino Unido, ele foi entregue a outra família, que o manteve em condições análogas à escravidão. Além de realizar as tarefas domésticas da casa, Farah foi proibido de ir à escola até os 12 anos. 

Ainda segundo o atleta, ele era ameaçado e proibido de questionar a situação a que era submetido. "Muitas vezes eu me trancava no banheiro e chorava", lembrou no documentário. 

 

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