Dez anos depois, a IARA, sigla para o nome em inglês do carro (Intelligent Autonomus Robotic Automobile), que significa Veículo Robótico Autônomo Inteligente, já rodou mais de 9 mil quilômetros e segue sendo aprimorada. O veículo, desenvolvido pela Ufes (Universidade Federal do Espírito Santo), também é objeto de estudo para alunos na universidade.
Em entrevista recente dada à TV Gazeta, o professor responsável pelo projeto, Alberto Ferreira de Souza, relembrou o ocorrido. Segundo ele, naquela época a tecnologia já estava bem avançada e, no dia do programa, a IARA fez o que era previsto direitinho. "Só que depois que a Ana Maria saiu, ele não estava com o freio de mão puxado, e quando o veículo passou para o modo manual, ele desceu", contou.
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Apesar do susto, esse destaque na televisão ajudou em novos desenvolvimentos no projeto. A partir da IARA, foram formados mais de dez mestres em informática e doutores em Ciência da Computação, além de terem sido publicados dezenas de artigos científicos em revistas científicas de renome.
O projeto do carro que atropelou Ana Maria também conseguiu gerar lucro e empregos com sua realização.
"Ao longo desses dez anos, diretamente do projeto IARA, surgiram duas startups. Essas duas startups sozinhas, no ano passado, faturaram mais de R$ 8 milhões e empregaram mais de 30 pessoas, entre técnicos, engenheiros, mestres e doutores. E ela já deu retorno para o governo, porque foi utilizado um investimento de pouco mais de R$ 1 milhão e só de imposto, no ano passado, já foi pago mais de R$ 2 milhões", contou o professor.
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