"A Uber paga um valor que, de fato, não dá condições", relatou um motorista, que cobra R$ 5 quando o passageiro pede solicita o uso do ar.
Em entrevista ao portal UOL, o presidente da Amasp (Associação dos Motoristas de Aplicativo de São Paulo), Eduardo Lima, informou que, no final do dia, a diferença entre o uso e o não uso do ar-condicionado pode ser de até R$ 20 para o bolso do motorista.
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"Ainda que alguns possam achar que é pouca coisa, não devemos nos esquecer que a quantia deve ser multiplicada pelo número de dias que o profissional trabalha em um mês. Ao final do período, deixa-se de encher um tanque por completo em até três vezes. Pensa só quantas corridas a mais o motorista faz ou deixa de fazer, considerando essa diferença", afirmou.
Eduardo enxerga a cobrança para ligar o ar condicionado como uma alternativa para recorrer das tarifas "defasadas" das plataformas, que, segundo ele, não acompanham o aumento nos preços dos combustíveis. "Todos gostariam de entregar conforto para os seus passageiros, mas as condições não permitem", disse.
A reportagem entrou em contato com as plataformas que realizam o serviço para saber se os motoristas de aplicativo podem cobrar para ligar o ar condicionado. Nos casos da InDrive e 99, o posicionamento foi parecido, dizendo que os termos de viagem são estabelecidos entre passageiro e motorista, já que o condutor do veículo que trabalha na plataforma não é colaborador.
A 99 ainda pontuou que isso acontece para que "a viagem ocorra de forma confortável para ambos". Não houve um posicionamento da Uber.
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