
O consumo de ovos na Quaresma de 2023 deve ter um aumento de 30% a 35%, em relação ao mesmo período de 2022. A estimativa é da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Segundo a tradição católica, nos quarenta dias que antecedem a Páscoa, as pessoas devem fazer jejum de carnes vermelhas. Por isso, a procura por outras fontes de proteína. Além disso, mesmo com a estabilização dos preços das carnes, o consumo de ovos ainda é uma opção mais em conta para os brasileiros.
De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o ovo já teve um aumento expressivo em 2022, tendo um aumento de 18,45% no consumo, o maior em sete anos. De acordo com a Abras, mesmo com essa alta na procura, o item não deve faltar nas prateleiras.
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Com o aumento da demanda, a baixa oferta e o custo elevado de produção, o preço do ovo vai continuar alto. De acordo com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), entre fevereiro de 2022 e o mesmo mês de 2023, a caixa com 30 dúzias de ovos brancos subiu 28,6%. Em relação aos ovos vermelhos, o aumento foi um pouco menor, de 26,9%.
Segundo a ABRAS, a justificativa para o aumento no preço dos ovos é a ração das galinhas, que é afetada pela alta do milho e do farelo de soja, que compõe a alimentação e representa 70% do custo de produção. Mesmo com todo esse cenário, a entidade do setor afirma que não haverá desabastecimento.
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