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Mercado internacional impõe pressão sobre produtores de commodities

União Europeia discute, desde o ano passado, a "Lei Verde", que impõe exigências que acenderam o alerta para os produtores que exportam commodities

| Especial para o tudo ep -

Novas regras de exportação do café chamam a atenção (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
O terceiro episódio do "Play No Agro", que vai o ar neste sábado (25), às 7h20, na EPTV, vai mostrar como a tecnologia e o manejo integrado do greening permite o aumento de produtividade na citricultura. Outro assunto que vai ser analisado é a pressão do mercado europeu por uma produção sustentável da carne brasileira. 

O Play no Agro também vai mostrar o cultivo de café em Honduras e a redução de carbono nos solos da cafeicultura de Minas Gerais. E se existe uma pressão internacional sobre a produção da carne brasileira, também há em relação ao café. A União Europeia discute, desde o ano passado, a "Lei Verde", que impõe exigências que acenderam o alerta para os produtores que exportam commodities. 

 

 

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Nas últimas semanas o Cecafé (Conselho de Exportadores de Café do Brasil), esteve presente em reuniões com membros da União Europeia e presentes em discussões a respeito do tema. As novas regas para a exportação do café brasileiro, chama atenção e coloca em evidência a necessidade cada vez mais dos produtores produzirem de forma sustentável. 

O Diretor Geral do Cecafé, Marcos Matos, comentou que o foco principal da União Europeia é coibir a importação de commodities ligadas ao desmatamento no Brasil. "Se tratando da União, temos uma regra bem avançada que já passou pelo parlamento, e falta apenas uma última chancela do Conselho Europeu, e após essa chancela que vai acontecer no fim desse semestre, nós teremos um período de implementação dessas regras, que oscila de 18 a 24 meses. São regras ligadas ao não desmatamento", ressalta. 

O Brasil já possui regras próprias que proíbem o desmatamento, mas de acordo com Matos, é necessária uma atenção redobrada, já que as regras da União Europeia, falam a respeito de um desmatamento zero. 

"Nós temos duas questões, a supressão legal da vegetação, permitido por lei e nós temos o desmatamento ilegal, que o Brasil tem feitos muitos trabalhos para justamente mostrar que esse desmatamento ilegal, não está ligado as cadeias do agro. Mas é fato, que nós temos que desenvolver cada vez mais um trabalho de aproximação e estamos com essa agenda, com a União Europeia, cada vez mais forte". 

Além desse movimento na Europa, que detém 50% da exportação do café brasileiro, os Estados Unidos que possui um "Acordo de Cooperação", segundo Matos, deve seguir os passos definidos pela União Europeia. 

E novas regras para exportação do café brasileiro, também vem sendo discutidas no Reino Unido. "Porém lá temos um cenário mais flexível, porque eles reconhecem a legislação de cada país. Mas é importante entendermos que estamos falando de um fluxo global de tendências ESG", explica Matos. 

E ainda dentro desse cenário, paralelamente outras discussões tem ocorrido também na Ásia, relacionada a matemática de agroquímicos, para questões sociais e ambientais. 

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