As exportações brasileiras de café tiveram uma queda de 17,4% em volume e 22,6% em valor no mês de maio, quando comparadas ao mesmo período do ano passado. De acordo com os dados divulgados pelo Cecafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), foram exportadas 2,448 milhões de sacas de 60 kg no mês, já a receita com os embarques mensais caiu para US$ 544,8 milhões.
No acumulado do ano até maio, o Brasil exportou 13,6 milhões de sacas de café, também representando uma queda, mas de 19%, em comparação ao mesmo período do ano anterior.
De acordo com o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, a colheita do produto no país se aproximava de 20% do previsto ao final de maio, o que equivale a cerca de 10 pontos percentuais abaixo da média dos últimos cinco anos. Essa situação reduz a oferta disponível para embarque.
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"Esse fato, aliado ao pouco café remanescente após safras menores em 2021 e 2022, afetadas significativamente por adversidades climáticas, lembrando que maio é o penúltimo mês da safra 2021/22, interfere nessa menor performance atual dos embarques", comunicou ele em nota.
Ele ainda destaca que o cinturão cafeeiro do Brasil não foi afetado pelo clima até o momento, e as perspectivas são boas para a nova safra, com os importadores demonstrando interesse em adquirir os cafés arábica brasileiros. A variedade foi a mais exportada entre janeiro e maio deste ano, com volume equivalente a 11,466 milhões de sacas, o que corresponde a 84,5% do total, segundo o Cecafé.
O Conselho espera uma recuperação nas vendas externas nos próximos meses, com a entrada de grãos da nova temporada, de 2023/24.
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