O levantamento, que ouviu 1.065 produtores rurais de todo o país no final de 2022, faz parte do estudo "Diagnóstico da Armazenagem Agrícola no Brasil", realizado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil). Nele, 72,7% dos produtores ouvidos demonstraram interesse em investir na armazenagem se houvesse um crédito com taxas de juros mais atrativas.
O motivo para esse interesse é simples: a armazenagem traz ganhos econômicos ao produtor rural. O ganho médio com o uso do armazém, nas últimas três safras, comparado ao preço médio na época de colheita, foi de 6% a 20% para 40,8% dos ouvidos.
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É importante lembrar que os volumes da safra de soja e da segunda safra de milho tendem a ter vantagens econômicas quando comercializados de forma tardia. Isso acontece pela própria dinâmica dos reajustes de preços.
Quando consideramos o tempo médio de armazenamento na própria infraestrutura, 42,2% dos produtores guardam a produção de quatro a seis meses e 22,5%, de sete a nove meses. O período de sete a nove meses foi o padrão de ocupação de armazéns com grãos em 2021 no país.
Dos produtores que ocupam os armazéns de quatro a 12 meses, 84,7% afirmam que o objetivo é evitar o pico da safra e, dessa forma, esperar a melhor janela de tempo/oportunidade para escoar a safra. Dessa forma, também conseguem evitar os altos custos de transporte registrados na colheita.
Para se ter uma ideia, no Brasil, a distância média percorrida entre a fazenda do produtor e o armazém contratado é de 35,1 quilômetros. No estado do Piauí, essa distância média chega a 110 quilômetros; já o Rio Grande do Sul é de 16,1 quilômetros.
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