A pesquisa é intitulada "Sustentabilidade na cadeia da carne: caminhos para o Brasil e os aprendizados do P4F", produzida pela Agroicone em parceria com o P4F (Partnerships for Forests).
Os resultados mostraram que, a partir da adoção de tecnologias e práticas sustentáveis na agropecuária, é possível que o setor eleve os ganhos produtivos. Além disso, pode provocar benefícios socioambientais e contribuir para a transição econômica de redução de carbono.
Apesar dos benefícios apresentados pela pecuária sustentável, a adoção desse tipo de prática ainda é considerada desafiadora. A decisão final depende do produtor rural e geralmente é motivada por interesses econômicos.
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CONCLUSÕES DO ESTUDO
A partir de uma análise dos últimos cinco anos, foi possível notar um aumento significativo na produtividade, provavelmente por causa de um melhor manejo que permite o abate mais rápido e com maior peso. Com isso, há uma maior quantidade de gado ocupando menos espaço, reduzindo assim a necessidade de abrir novas áreas de pastagem e contribuindo para a diminuição do desmatamento.
Na pesquisa, também foram avaliados os projetos que promovem uma cadeia da carne sustentável. Entre as ações propostas, estão:
- Uniformização das normas e dos processos de monitoramento do desmatamento;
- Desenvolvimento de metodologias de mensuração do carbono na atividade pecuária;
- Apoio à implementação de instrumentos de rastreabilidade e monitoramento.
Para enfrentar os desafios encontrados, os pesquisadores propõem estratégias como a ampliação de iniciativas e ações de sustentabilidade produtiva, a superação das limitações dos instrumentos de pagamento por serviços ambientais e certificações, assim como o aprimoramento da rastreabilidade e do monitoramento do gado, especialmente nas cadeias indiretas.
Como solução, ainda é sugerido o fornecimento de apoio técnico para incentivar as boas práticas agropecuárias, o fortalecimento desses instrumentos como parte dos mecanismos de fidelização de pecuaristas e o apoio a uma política nacional de rastreabilidade individual, especialmente em municípios com alto risco socioambiental.
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