"Há necessidade de ações estruturantes, além das já anunciadas que são bem-vindas pelo setor. Não podemos ficar só resolvendo paliativamente. Ações para aumentar a produtividade e, consequentemente, a competitividade", disse Borges a jornalistas após o encontro.
Essas medidas estruturantes passam pela agenda de competitividade, afirmou o presidente da Abraleite.
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"Precisamos não só de medidas a curto prazo, para se resolver a crise que se instalou em decorrência das importações predatórias recordes, mas que também possa se desenvolver por meio do grupo de trabalho interministerial ações estruturantes com o setor privado para que tornemos o País mais competitivo", afirmou o presidente da Abraleite.
Borges afirmou que Fávaro se mostrou interessado em continuar a trabalhando a pauta do setor leiteiro com o grupo interministerial.
Segundo Borges, um dos objetivos do setor é inserir o leite na pauta das exportações brasileiras. "Queremos é que o País passe não só a abastecer a população, mas também exportar o excedente. Hoje, estamos correndo risco de desabastecimento no médio prazo, pelo fato de que o Brasil está voltando a ser dependente das importações", observou.
De acordo com dados da Abraleite, as importações passaram a responder entre 11% e 12% do leite consumido no País ante 3% da média histórica. "Já tivemos essa situação no passado, quando o Brasil importava 30% do que consumia. Isso é uma ameaça", ponderou, acrescentando que a importação não diminuiu os preços pagos pelo consumidor no varejo.
No último mês, o governo anunciou destinação de R$ 200 milhões para compras públicas de leite em pó e elevou alíquotas de importação de lácteos fora do Mercosul como medidas emergenciais de socorro aos setor leiteiro.
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