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Por que está tão quente em 2023? Entenda as ondas de calor

Estudo do Inmet analisou alterações climáticas nos últimos 60 anos; Nordeste, Norte e Centro-Oeste foram regiões com mais alterações

| Agência Brasil -

Estudo do Inmet analisou alterações climáticas nos últimos 60 anos; Nordeste, Norte e Centro-Oeste foram regiões com mais alterações. (Foto: Reprodução/Agência Brasil)
O ano de 2023 está sendo marcado por ondas de calor em diversas partes do mundo. Um dos motivos para as altas temperaturas no Brasil, como as registradas em vários estados nesta semana, são as alterações climáticas nos últimos 60 anos. Neste período, houve redução de chuva e as temperaturas do país estão elevadas em 1,5°C, de acordo com levantamento do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

O estudo também aponta a possibilidade de aumento na frequência, intensidade e duração desses eventos extremos climáticos, como calor, seca e inundações.

A publicação das Normais Climatológicas do Brasil para o período de 1991-2020 fez um comparativo com a edição anterior (1961 - 1990) para analisar as mudanças no clima do Brasil nos últimos 60 anos. Segundo o estudo, as regiões Nordeste, Norte e parte da Região Centro-Oeste foram as que tiveram mais alterações, especialmente na divisa dos estados do Pará e Tocantins e na divisa entre o Maranhão e o Piauí, onde as temperaturas estão 1,5°C acima.

As temperaturas durante as manhãs também se mostram cada vez mais elevadas. Foi observado acréscimo de 2,6°C nas temperaturas medidas pelas estações meteorológicas de Conceição do Araguaia (PA) e Palmas (TO). Já nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina este aumento é menos pronunciado. O sudoeste do Rio Grande do Sul, por sua vez, teve um ligeiro resfriamento nas temperaturas (-0,2°C). 

 

 

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CHUVAS

O levantamento observou ainda redução das chuvas em toda a Região Nordeste. O destaque ficou com a estação de Cipó (BA), onde houve uma redução do acumulado de chuva anual de 685,8 mm, seguido por Parnaíba (PI), com redução de 599,5 mm e Aracaju (SE), com 505,9 mm. Nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, além de algumas áreas da Região Norte, também foram identificadas reduções menos intensas de chuva, com valores entre 50 mm e 100 mm.

Já na Região Sul, oeste da Região Norte, além de áreas da Região Sudeste, as chuvas apresentaram um aumento de 100 mm a 250 mm nos últimos anos, principalmente nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Roraima e Acre. Em Codajás (AM), houve aumento de 741,9, em Bambuí (MG) de 590,2 mm e em Chapecó (SC) de 509,1 mm.

 

 

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